O Sindicato dos Comerciários de Fortaleza e Região realizou, nesta quinta-feira (13), um ato no Centro de Distribuição da Pague Menos para dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras sobre o impasse nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2025. A ação teve como objetivo ouvir a categoria e avaliar, junto com os funcionários, a possibilidade de uma paralisação das atividades no próximo dia 18 de novembro.
Há 11 meses, o Sindicato tenta, sem sucesso, concluir as negociações com o sindicato patronal. As reivindicações apresentadas buscam reajustes salariais justos, valorização profissional e a manutenção de direitos já conquistados. No entanto, as tratativas seguem estagnadas, o que tem gerado crescente insatisfação entre aqueles que fazem parte do setor farmacêutico.
Durante o ato, dirigentes sindicais percorreram o local de trabalho conversando diretamente com os trabalhadores, explicando o andamento das negociações e reforçando a importância da mobilização coletiva. A recepção foi positiva, e muitos relataram sentir-se desvalorizados diante da falta de avanços concretos nas pautas de reivindicação.
Para contextualizar, o setor farmacêutico segue apresentando expressivo crescimento financeiro, mas sem repassar esses resultados à base que garante o funcionamento das empresas. Somente em 2024, houve um registro de mais de R$ 85 bilhões em vendas, enquanto os salários daqueles que estão na labuta diariamente continuam congelados, sem reajustes e sem acréscimo de benefícios.
Além da estagnação salarial, outro ponto de preocupação é a tentativa de retirada de direitos já garantidos por lei, como o fim da folga dominical para as trabalhadoras. Diante desse cenário, o Sindicato reforça sua indignação e seguirá atuando firmemente em defesa da categoria, priorizando o diálogo, mas sem abrir mão da valorização dos comerciários e comerciárias.
A consulta realizada no ato busca garantir que qualquer decisão sobre uma possível paralisação parta da vontade coletiva dos próprios trabalhadores. O Sindicato acredita que a força e a união da categoria são fundamentais para conquistar avanços e assegurar respeito nas mesas de negociação.
Caso não haja avanço nas tratativas até o dia 18 de novembro, a categoria poderá decidir pela paralisação das atividades no CD da Pague Menos. Seguiremos acompanhando de perto cada etapa desse processo e seguirá aberto ao diálogo, reafirmando seu compromisso com a defesa dos direitos e da dignidade dos trabalhadores do comércio.
