Os trabalhadores e trabalhadoras do Centro de Distribuição da Pague Menos, em Fortaleza, participaram na manhã desta terça-feira (18) de uma Assembleia Geral Extraordinária que aprovou a paralisação/estado de greve, após meses de impasse nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2025. A decisão ocorreu em resposta direta à postura da empresa, que, segundo o Sindicato dos Comerciários de Fortaleza e Região, tem travado qualquer avanço nas tratativas e se recusado a apresentar uma proposta digna.
A assembleia, convocada pelo Sindicato para as 6h e 6h30 da manhã e realizada em frente ao CD, analisou a ausência de respostas da empresa sobre itens essenciais da pauta, como reajuste salarial, aumento do vale-alimentação e manutenção de direitos básicos já conquistados pela categoria.
O presidente do Sindicato dos Comerciários, Sebastião Costa, criticou duramente a postura da rede farmacêutica e afirmou que a categoria não aceitará retrocessos. “A Pague Menos precisa entender que quem movimenta o CD são os trabalhadores. É inadmissível que uma empresa desse porte se recuse a reconhecer direitos básicos e tente empurrar a categoria para trás. O trabalhador tem dignidade, tem voz e tem direito e nós vamos garantir que esses direitos sejam respeitados”, declarou.
Segundo o Sindicato, a Pague Menos, maior rede de varejo farmacêutico do país, exerce forte influência no sindicato patronal, presidido por um de seus diretores, Josué Ubiranilson. Esse cenário tem contribuído para o travamento das negociações e para a falta de avanços na CCT 2025. A categoria denuncia também sobre a proposta de acabar com a folga dominical das mulheres, um direito garantido por lei.
Para a base, todos esses itens citados representam não apenas questões econômicas, mas o reconhecimento do esforço diário de quem sustenta o funcionamento do Centro de Distribuição.
E mesmo diante de um ambiente que tenta desestimular a participação, o Sindicato reforça que nenhum trabalhador(a) deve ter receio de exercer seu direito legítimo de manifestação. O SEC continuará presente, orientando, protegendo e garantindo que todos os direitos sindicais e legais sejam assegurados.
