Hoje, 25 de novembro, não é apenas uma data no calendário. É um lembrete duro, pesado e real de que milhares de mulheres no Brasil ainda vivem com medo dentro de suas próprias casas. Não estamos falando de estatísticas distantes, estamos falando de mães, filhas, amigas, vizinhas e colegas de trabalho. Mulheres que poderiam ser qualquer uma de nós.
Em 2024, segundo o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, 1.450 mulheres foram assassinadas pelo simples fato de serem mulheres. São histórias interrompidas, mesas que ficaram vazias, filhos que perderam suas mães. E a cada dia, 196 estupros são registrados no país, um número que arrepia porque por trás dele existe trauma, coragem e uma dor que o Brasil ainda insiste em ignorar.
A violência doméstica também segue sufocando vidas em silêncio: 3,7 milhões de brasileiras sofreram agressão dentro de casa em 2025. Muitas não denunciam. Não porque não querem, mas porque têm medo de morrer, de perder os filhos, de não serem acreditadas. Outras carregam culpa que não é delas… essa é a culpa que a sociedade insiste em jogar sobre quem já sofre.
Mas a luta também é legal: se você vive ou convive com a violência, saiba que o Ligue 180 é um canal gratuito e disponível 24h para denúncias e orientações. Além disso, a Casa da Mulher Brasileira é um espaço seguro de acolhimento, apoio e reparação, e já existem unidades em diversas capitais, inclusive em Fortaleza.
E é impossível falar de violência sem falar de desigualdade: mulheres negras continuam sendo as maiores vítimas de violência letal no país. Racismo, machismo e desigualdade se cruzam e criam uma realidade dura, que exige mais do que nossa solidariedade e responsabilidade coletiva.
Existe caminho. Existe rede. Existe lei.
📞 O 180 atende 24h, orienta e recebe denúncias.
🟣 A Casa da Mulher Brasileira acolhe, protege e salva vidas, com atendimento jurídico, psicológico e social.
É fundamental que a sociedade entenda: não basta lamentar. É necessário proteger, denunciar, prevenir.
Por isso, hoje reafirmamos nosso compromisso: não vamos nos calar nem permitir que essa violência seja normalizada. Lutaremos incansavelmente por um mundo onde toda mulher possa viver sem medo, com respeito, dignidade e liberdade.
