Mulheres Vivas: Fortaleza vai às ruas contra o feminicídio, e Sindicato dos Comerciários marca presença no ato

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Neste domingo (7), diversas cidades do Brasil foram tomadas por manifestações emocionadas e urgentes contra o feminicídio e todas as formas de violência que atingem as mulheres diariamente. Em Fortaleza, a mobilização Mulheres Vivas reuniu organizações, movimentos sociais, coletivos feministas, sindicatos e familiares de vítimas que transformaram as ruas em um coro de denúncia, resistência e pedido de justiça.

Com cartazes, faixas e palavras de ordem, as manifestantes reivindicaram políticas públicas mais eficazes, celeridade no atendimento às vítimas, fortalecimento da rede de proteção e ações concretas para barrar o crescimento alarmante dos casos de violência. Segundo dados recentes, o feminicídio segue em tendência de alta no país, deixando famílias devastadas e escancarando a urgência de respostas firmes do poder público.

O Sindicato dos Comerciários de Fortaleza e Região participou ativamente do ato por meio da Secretaria das Mulheres, representada pela diretora Helenice Pereira, que reforçou a importância de ocupar as ruas para defender a vida das trabalhadoras. Sua presença marcou a posição firme do Sindicato em defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência de gênero, uma realidade que também atinge centenas de comerciárias em seus locais de trabalho, em casa e nos trajetos cotidianos.

Segundo Helenice, ”não podemos naturalizar a violência. Estar aqui é dizer que nenhuma mulher está sozinha, que lutamos por todas. Queremos políticas que funcionem, acolhimento real e um Estado que proteja nossas vidas.

A participação do Sindicato reafirma o compromisso da entidade com a luta feminista, a promoção de igualdade e a proteção das mulheres trabalhadoras. A mobilização Mulheres Vivas reforça que, diante do crescimento da violência, é fundamental fortalecer redes, ampliar debates e exigir medidas que garantam segurança, dignidade e respeito.

O grito das ruas deixa uma mensagem clara: enquanto a violência persistir, as mulheres — e todas que as apoiam — seguirão movimentando a cidade para exigir mudança.

Medidas protetivas

As mulheres não necessitam de um fato que é considerado crime para solicitar uma medida protetiva. Ciúme excessivo, perseguição ou controle de patrimônio, por exemplo, já são situações em que a mulher pode solicitar a proteção.

A medida protetiva pode ser solicitada através da Polícia Civil: na delegacia mais próxima, na Delegacia da Mulher, pelo site da Delegacia Eletrônica, ou pelo número 197.

A autoridade policial registrará o pedido e irá remetê-lo ao juiz(a), que deverá apreciar este requerimento em até 48 horas.

Caso a medida protetiva concedida não cesse as agressões ou ameaças, a mulher pode solicitar outras medidas protetivas mais adequadas, bem como denunciar o descumprimento da medida. O descumprimento configura crime.